Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

30 de nov. de 2009

Relógios de Dalí


Tudo que se cria, é espuma, vai embora...
O poder é ,enfim, essa magnitude toda.
São então letras, músicas, poesias...
Ainda lembro o que eu estava escrevendo,
ontem...
O hoje já foi e dependendo de algum sentido
é passado perpetuado.
Escorre, um retrato.
Ah e como segurar a água que corre pela torneira?
Não tente, ou é perder tempo fora de hora.
Tempo esse que espera ou a espera insiste em se colocar acima disso
e nunca consegue.
Já caiu a noite, e como sobre-tom o negro fica branco.
Esperar chegar a hora certa? Nada de concretismo, por favor.
não temos tempo...
E como filmes que eu nunca vi, ainda tem um pôr-do-sol mais tarde, já era cedo,e já foi.
Se fecho os olhos muito se esconde, inclusive ele...
Pode ser que o vento apareça, entretanto.
E o invisível é uma obra de arte, se apresenta, fixa-nos, descreve.
E isso tudo se assemelha a uma bala, açúcar na boca.
Começo, delícia e fim.

22 de set. de 2009

Saudade




As núvens como dançam...
brincam de se ajuntar assim como eu.
São dançantes e movem-se...
Se (me)existe algum tipo de sinônimo é esse:
movimento!
E eu gosto.
Ainda mais, muito mais das flores,
claro.
e quero o cinza também, só quando tende ao branco.
esperança.
Meus pés pouco firmes desenham no chão o que sinto
e com a ajuda da lua, que estende seu tapete, me guio.
Ruim são os dias (se é que eles existem) sem o sol...
saudade.
Por vontade imprópria sinto.
Vejo que não caibo nessa caixa e que meus pensamentos não são meus.
Tudo que de fato existe, persiste e manifesta.
Vontade.
Prolonga...
Ah se pelo menos o tempo fosse meu. O faria de acordo com a sua presença, ou ausência...
Ousaria.
Presencio alguém a mais aqui, invisível...
tinha que ser esse a minha companhia?
Pesar.
Moldo então, como última estância, sua imagem.
É só o que vejo, só o que quero ainda ver.
Coloco-te em retrato, em um criado
e assisto-nos, todos os dias.

10 de ago. de 2009

Meu lugar

A porca que falta ou mesmo não existe parafuso?
Desencaixe, desconecto, fora, dentro, aqui
a verdadeira movimentação do 'não' atravessando a rua,
em zigue-zague.
Concerto.
E acho que com certo vestigio há , ainda há...
mas também não deixa de haver o errado, o muito errado.
Aquilo, esse, isto que me envelhece e me leva à doer as costas, peso.
Sem mal, com truques, sem armas, com armadilhas.
O fardo de quem em risco, pula e se lança...
e acredita.
E da sacada de mim vejo mudanças, novas, costas, não, ou falta.
São tudo que ela pode exprimir quando se vê a fundo, indo até o quintal ou porão.
Nas gavetas da cômoda, estão os presentes, dados à quem de fato conquistou e merece.
O vento que bate na varanda, traça os desenhos em suas montanhas, íngrimes e sólidas demais.
Nada mais, tarde demais, cedo vejo a noite aqui.
Bastaria talvez uma dose, ou duas cavalares de um santo remédio
com misturas astutas de um poder voraz para promover a transe certa pra passagem para o antigo mundo. Mas, o querer inexiste e infelizmente a compreensão e mão também, que por vezes vi e acreditei existir...
Agora, é uma luva velha que insiste em permanecer longe, fora, em outra casa.
Gostava do apoio e laços, dos fortes abraços. Agora, ou os braços são curtos demais ou tudo era apenas passagem.
Vejo, através da janela lateral um céu robusto e colorido, me promove viva e me induz a seguir. Isso é o que de fato me guia...
E assim, busco aquele brilho ou cintilância que acreditava já ter tido.

17 de jul. de 2009

Pouso em repouso

Nada de datas, e sim dias, vários...
E enquanto o mundo gira, vira, fica de ponta cabeça, eu paro, só admiro.Com palmas, descanso e deleite...
Dias estes regados a olhos em encontro constante, mãos, nuca e pitadas únicas, idas e vindas à algum lugar, à qualquer lugar...
Prazer encontro em uma flor ao desabrochar, e cuido dela. Admiro o sol justo e amoroso com seu tapete que emprestas. Planejo a chegada, azul como o que vejo acima.
E dias se resumem à doce, um pouco de tempero e paz...

E busco isso em cada despontar de raios ou chuva, porque assim, só assim, o meu pouso será findado, feliz, tranquilo, amado.

e ainda tens dúvida, mar meu, que és a minha chegada?.

13 de jul. de 2009

Aquarela minha

E é tudo novo de novo quando se trata de ti.
Cada dia se renova e sempre a vontade absurda de que o dia não termine ou que comece um melhor que ontem. Em se tratando de nós...
Gosto do cheirinho doce que entra na minha porta e remete a vinda esperada todos os dias, quentes ou cinzas, do meu ânimo, braço, apoio.
E ele vem assim, luz...
Obrigada por nós, por eternizar minutos e almejar o sempre.
Obrigada por você ser eu e assim fomentar cada vez mais a idéia de unicidade.
Obrigada também pela paciência, pelo abraço e pelo chocolate.
Obrigada por vir e ficar em cada pedaço desse espaço que nos cerca e movimenta a idéia de que o amor de fato existe.

(Dedicado ao mar, de sua folha).

27 de mai. de 2009

Quem sabe...

Cortando os algodões lá fora, com penas em bouquets,
eu caio com o chumbo em mente.
São elas, as faces obscuras que vivem por si só,
involuntárias, inevitáveis.
Essas que me condenam sem direito, sem piedade.
Com suas chaves e cadeados; e a corrente é consistente, sólida
e transporta.
Move com pequenos atos, uma infinitude...
inclusive, eu.
e por que fazes de mim seu bonifrote, seu boneco?
quando que por dentro uma aleia posta por entre as flores quer e deseja reluzir.
Mostrar-me pois, entretanto, que seu vasto poderio se confronta
com minha vontade de subida.
Onde a corda é longa mas meus músculos ainda suportam, minha vestes...
ahhh, remendadas ajudam também e o pouco que restou desse carvão, ainda aquece.
Assim, passo-a-cada compasso,um passo pra trás, refrear eu consigo.
E um dia, quem sabe, eu arranco essas algemas.

7 de mai. de 2009

Meu parque de Confusões

E na gangorra minhas células e ânimo se 'descansam'
Entre balanços e paradas, obrigatórias ou por vontade, vou.
E em pensamentos vejo meus jeitos se confundirem
ou será que os meus lugares são confusos?
Onde hoje sou diferente, e amanhã não me reconheço mais.
Tudo em mim é uma roda gigante
Onde do alto se vê tudo lá embaixo,
e o baixo é tão próximo
Que até consigo tocá-lo
e muitas vezes, muda-lo não cabe a mim;
E a conformidade bate a porta.
O descanso quase nunca o consigo também
não aquele da rede que embala,
mas aquele que me embala à adormecer
assim, tento um mapa...
E o descanso também se confunde aqui.
Onde a linha que dista o desespero e o deleitar é ultrafina
E tudo o que me resta é a incerteza do cais movido pela certeza de que tudo é confuso e muda, muda sempre.
Gosto disso, ou me acostumei simplesmente...
É aquilo:ou você aceita soltar sua pipa a favor do vento ou pula do 10° andar sem asas, onde a vontade se confunde com expectativa, e o anseio nada mais é do que uma simples rede a me embalar.
Vou, te levo e me carrego junto, carrego todas essas partes, essas partes minhas, sujas, nuas e soltas e o medo também se confunde, uma infeliz conseqüência, onde ele consegue por fim e começar algo ao mesmo tempo.
Confuso mesmo é tudo que solta e rodeia, nada do que se vê pode ser de fato, uma vez que você olha, já mudou.

6 de mai. de 2009

Amanhã

Nada como a descoberta, tudo.
Vejo como a amizade flui entre eles,
a descoberta e o tempo.
Ambos conquistando seu espaço,
preeenchendo com vazio e complemento...
Onde ontem nem tem muitos desenhos,
mas a miragem sempre vem adiante.
Descubro uma moldagem fiel tua
onde há sombras, escuridão
mas a luz se desponta e sobrepõe
com o embebedar dos segundos que correm.
Me permito a enchergar não só a soma
mas também o zero, naturalmente
e o admiro!
Consta que as flores advêem
mas a chuva vem antes.
Assim é:prostar-me e consequentemente,
saciar-me.
Por momentos, ou instante(que é vida), mobilizo essa parte volúvel e a trago pro sol
verificando seus furos e ajeito, rejeito, mas ajeito.
E sarada a face,nova mobília, nova armadura, nova rua.

19 de abr. de 2009

A cor...

Consigo através de ver o sentido,
o meu sentir a remete.
Ou ela remete o meu sentir quando vejo.
Basta sua dança em um céu branco e tudo celeste fica
com sua ajuda bem-vinda, pôr-do-sol .
Em tons e entonações das musicalidades em qualquer veia
Por osmose mostra sua orquestra.
Tudo no espelho reflete as cor’entons e samba,
Bossa-nova ou qualquer coisa dançante e agradável.
E meu dia se refaz, meio dia; num dia inteiro.

12 de abr. de 2009

Inexato...

Lido diariamente com você
e o seu conceito fica menos claro
à cada tempo escorrido em meu relógio.
Acho que o pote de ouro não existe nesse arco
movido pela íris de cada olhar meu ao seu alcance,
e com o fitar deles em sua moldura:eu não vejo.
Não vejo uma exatidão e reta em tudo que te cerca
ou quem sabe uma exatidão no meu andar contigo,
mas procuro, e sempre procuro.
Meu reluzente andar desenha as curvas no asfalto
onde meus pés descalços agarram o chão
e nada ofusca minha caminhada, minha arte.
Mas é você...
que consegue sobrepor minhas vontades, luas e sede
consegue minha mortalidade visível
e eu?ahh, eu me padeço...
esfalecer-me pois é a única, última e só sentença
e como forças existem?
bem natural e óbvio, não sei.
O que sei é do meu deleitar e que ele vem de ti.
Sei, ele vem de ti.
Como ao vento que chega a varanda,
Como o agarrar das nuvens em busca de amizade,
Como a lua que se solta e se movimenta,
sobe e desce e pinga um pouco na gente.
O meu cuidado perigoso dilacera,
meu passo é inexato
e o alvo é atingido à queima roupa
sem dó, sem sombra, sem mal.
A ferida
na realidade é uma gota,
é um furacão com pressa
é um vulcão.
Onde o meu verão são as nossas distrações!

2 de abr. de 2009

meu 'Mundos

E quando tudo adormece...
meu sinal clareia.
Vou com os feixes de fulgor que me pedem em convite,
caminhos escolhidos à dedo pela própria ausência
ou melhor,pela presença de eu só.
Onde eu me acompanho e dou a mão pra mim.
Encurto o espaço que existe entre os 'eus'
e a distância sempre fica pela metade
e metade, metade...
Falsa idéia de chegada e o partir não consegue
à esses passos um fim, sem começo,
continua.
Descontínua mesmo essa minha face,
ou o que há por detrás dela,
minha mente que injutiçada quer
e viaja com lances, miragens,
constata temores e medos e os habita.
(Mundos visitados constantemente...)
Onde a passagem de ida é instantânea e
duradoura mesmo é seu conceito, sua morada.
E os mundos giram em cada interior meu,
um [in]completo planetário em fusão, confusão
e minha cega maneira do prosseguir insiste.
Basta um ponto preto no branco,
um vulto e pronto.

31 de mar. de 2009

Vontade

E da janela, o escuro...
nada mais remetente do que o preto
e seus tons.
Acho que a chuva traz um pouco desse mórbido sentir
o velho mal desse sentir,
e procuro você mesmo cego.
E por que essa chuva não me traz teu mapa?
ou que o caminho seja perene,
que não haja labirinto ou precipício
só o céu?
Que ela retorne à sua 'origem',
que não caia, mas suba e vôe
me eleve e me conceda asa, flor do vento
leve...
O peso não deixa, me enterra.
Consegue profundezas
e eu, menino
fujo de qualquer movimento aparente,
fujo de mim, do meu querer.
Planto meu escudo, monto minha guarda
e espero.
Espero meu amanhã, espero a manhã,
espero ser pintado com canções, em canções
e jurei, juro
encontrar um lugar lá fora
onde meus desenhos sejam reais.

24 de mar. de 2009

Você em eco...

E se eu tenho o dom de sintonizar as palavras...
É bem capaz de tê-las roubado de ti, em cada silêncio ou movimento falante que assisto. Elas emanam em sua composição típica, banhadas por seus trejeitos.
E como não terias habilidade?
Se delas eu ouço tua entonação vermelha e perspicaz, tocante,
heróica e singela. Como não achar que elas te promovem em
ciranda, entre passos lentos , em um monumento eregido de fáceis e doces dizeres. Como?
A sintonia que me acompanha só vive por tua arte moldada e
de renascença, palavras estas sopradas em cânticos [in]imagináveis
à despontar sua aparição formosa e límpida posta em cintilância e
incandescência...
Elas circundam, dobram à todos e me atingem, única.
E eu, mero papel antigo amarelo, em branco, meu caro
à espera da vinda destas em ti, de ti, matiz, percorrendo-me pausadamente
com sentimentalidades diversas contidas em cada letra que me promove viva e
cheia das riquezas raras (Elas brincam de encher, conseguem o que você quer e tatuam, impregnantes).
Suas simplicidades e delicadezas expostas, expalhadas em mim formando meu corpo,
agora sim, forte e vistoso, completo, escrito.
E terias como não encontrar as palavras?
Pare e observe, olhe para mim
você as construiu!


.

14 de mar. de 2009

Eu me chamo 'Acaso...

No ecorregar dos pensamentos frígidos
e em minha calvagadura a lira é contemplada
regida por máximas e poucos
minhas vertentes...
O balancear nem sempre vence a batalha
talvez nada tem seu meio termo mesmo.
Ou quem sabe quando se trata dessa pugna
o volúvel então acho que é bem mais interessante.
À qualquer jogo feito, não se iluda
é dele o baralho, pôr-se as ordens do caudilho
tal lema persegue.
E nada mais é o que resta,
ou quem sabe o notar de algum colorido
e recordação...
Vale o lograr em alguns casos.
A vulnerabilidade é válida em partes,
em formas que ele sugere e força à sorrir,
na verdade é extinto de sobrevivência, de vivência.
E nós, meros fantoches alados
em busca do céu
presos pela gaiola invisível.



(Dedicado à Larissa Di Leo e Cláudio Martins)


.

11 de mar. de 2009

Eclipse

Eu nasci ali...
E era como ver florir no asfalto os lírios, uma nascente no meio de tanto mato e pó, e um diferencial, transformando meia noite em meia dia.
Foram curvas e os atalhos que facilitaram a dificuldade que tinha, os lagos cheios de lama aparentemente azuis foram à priori um manto que cobria e de certo trazia uma ligeira calmaria, mas era instantânea e melhor (agora o posso afirmar) perecível. A validade destes era como o embaçar da estrada adiante, vinha sempre e eu sabia, sempre sabia. O inusitado não cabia mais, era muito, era pouco.
E na sutileza, no grampear dos passos e na retina muitas vezes retida eis que se dilata e bem-vinda nobre claridade.
Como quem invade um jardim de tulipas e cravos, fui...
Entre dedos e cuidados, a passagem sugeria isso realmente, minha ida/vinda, minha chegada com cautela. E a vida nova começou ali, no fim daquele corredor, eis que surge...
O vento me acompanhava e o cheiro também, era feiticeiro e bandido ao mesmo tempo, o garoto.
Ele soprava acordes em voz, cantarolava minha respiração e contava-me os segredos de sua existência, seus encantos e feitiços de sua aparição desejada à anos-luz mas ‘adormecida’, e a fúria quando aparecera foi substanciosa e forte, não houve hesitação, pelo contrário, a vontade aumentava à cada batimento de seu coração escutado em sua sinfonia exposta à mim, sua única platéia. E eu, estática ali, escutando o maior alvitre à se declamar defronte de uma sonhadora as avessas, uma mortal com fantasias infantis e o leve prever de torná-los reais, agora.
Realidade foi esta, exatamente esta, o divisor de águas nessa passagem toda, e ai criaram-se o ciclo, a mão e a pena, leve, leve...
O branco era a cor que soprava melhor, juntamente com o azul celeste, vindos da janelinha que nos observava e anotava tal feito, um eclipse promovido pelo tal astro maior, de luz própria e fascinação duradoura, demorada, fatal.
Eis a fusão promovida pelo tempo e seus encarregados, a conjuntura mais harmoniosa vista, um topázio, uma raridade


.

7 de mar. de 2009

Rota de colisão

Roda a roda
E com ela meu penar
Pena viva e morta em cada ‘eu’ que busco
Busca mais que incessante, busca notória de ser eu
O eu que busco por dias, no espaço.
E chove, uma chuva levante, braço,
carrega...
Vou e fui por vezes assim.
Um mero barquinho sem prumo e cais
E o amanhã pode ser o fim
Ou o começo? Hoje talvez...
Gostar é forte, mas eu admiro, deleito-me enfim
E resta algo à mais? Aproveite-me, diz meu dia
E assim o fiz, faço!
E se é o que me resta, residir em cada segundo e tempo
Amar a cor do céu e degustá-la, saber seu sabor
fomentar mais e mais, sede incandescente de um pescador
um admirador transitivo ou qualquer outra coisa
eu me reservo a isso, a apenas tudo isso.
Se quiser me acompanhar vai aqui minha admoestação:
Siga-me, mas cuidado!
Linhas tortas à vista...


.

3 de mar. de 2009

A unicidade

'E os dias persistem de forma incomum...
é sempre bom esse cinema mudo, essa esfera polida, o dom da cuida e a insanidade posta à mesa por vezes e vezes.
poderia então sermos dois?
'menos' é mais plausível, o 'um' nos cabe muito bem!


.

2 de mar. de 2009

Cidade Natal

'Entre cheiros e sabores adocicados, mar de girassóis, lembranças do que ainda não se viveu, conchas no ouvido, calmaria como numa lagoa abandonada, uma cidade pouco tênue, era a fortaleza antes não vista pelos óculos escuros embaçados. Os habitantes pertecentes vistam a miragem real pelos olhos nus que mora só ali, com a ventura de ter transformado perdas em recompensas inimagináveis e afortunadas de um lindo e contemplável céu, presente estético perfeito e delicado(a vontade de permanecer ali é perene e não cessa e preocupação inexiste...).E a tarde faz silêncio, mas é a melhor hora onde se escuta, a noite isso acontece também, mas o vento ajuda um pouco. E quando os sintomas de saudade (muito comum naquela localidade) se faz presente, basta o silêncio, o 'abrir da janela' que de certo ameniza...
O réveillon acontece , por vezes, em um pouco de um tudo, mas primordialmente quando elas movem-se em uma direção ou na direção um da outra, e ali inexiste tempo e espaço (criadoras ou rematadoras da lei da relatividade? pobre Einstein...)e ai começa e continua a dança, com direito à blues e bossa nova ou outro novo estilo re- inventado, o que permanece é sempre ela, a dança e sua leveza. Uma nobre poesia visual faz e se refaz no local.
É, correram pra chegar bem longe e daqui do longe é doce a temporada das cores,a conjunção exata de luz, paz e encantamento...
a garota carrega com ela uma flor, a sua herança
e ela, a outra garota, às regam!