Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

19 de abr. de 2009

A cor...

Consigo através de ver o sentido,
o meu sentir a remete.
Ou ela remete o meu sentir quando vejo.
Basta sua dança em um céu branco e tudo celeste fica
com sua ajuda bem-vinda, pôr-do-sol .
Em tons e entonações das musicalidades em qualquer veia
Por osmose mostra sua orquestra.
Tudo no espelho reflete as cor’entons e samba,
Bossa-nova ou qualquer coisa dançante e agradável.
E meu dia se refaz, meio dia; num dia inteiro.

12 de abr. de 2009

Inexato...

Lido diariamente com você
e o seu conceito fica menos claro
à cada tempo escorrido em meu relógio.
Acho que o pote de ouro não existe nesse arco
movido pela íris de cada olhar meu ao seu alcance,
e com o fitar deles em sua moldura:eu não vejo.
Não vejo uma exatidão e reta em tudo que te cerca
ou quem sabe uma exatidão no meu andar contigo,
mas procuro, e sempre procuro.
Meu reluzente andar desenha as curvas no asfalto
onde meus pés descalços agarram o chão
e nada ofusca minha caminhada, minha arte.
Mas é você...
que consegue sobrepor minhas vontades, luas e sede
consegue minha mortalidade visível
e eu?ahh, eu me padeço...
esfalecer-me pois é a única, última e só sentença
e como forças existem?
bem natural e óbvio, não sei.
O que sei é do meu deleitar e que ele vem de ti.
Sei, ele vem de ti.
Como ao vento que chega a varanda,
Como o agarrar das nuvens em busca de amizade,
Como a lua que se solta e se movimenta,
sobe e desce e pinga um pouco na gente.
O meu cuidado perigoso dilacera,
meu passo é inexato
e o alvo é atingido à queima roupa
sem dó, sem sombra, sem mal.
A ferida
na realidade é uma gota,
é um furacão com pressa
é um vulcão.
Onde o meu verão são as nossas distrações!

2 de abr. de 2009

meu 'Mundos

E quando tudo adormece...
meu sinal clareia.
Vou com os feixes de fulgor que me pedem em convite,
caminhos escolhidos à dedo pela própria ausência
ou melhor,pela presença de eu só.
Onde eu me acompanho e dou a mão pra mim.
Encurto o espaço que existe entre os 'eus'
e a distância sempre fica pela metade
e metade, metade...
Falsa idéia de chegada e o partir não consegue
à esses passos um fim, sem começo,
continua.
Descontínua mesmo essa minha face,
ou o que há por detrás dela,
minha mente que injutiçada quer
e viaja com lances, miragens,
constata temores e medos e os habita.
(Mundos visitados constantemente...)
Onde a passagem de ida é instantânea e
duradoura mesmo é seu conceito, sua morada.
E os mundos giram em cada interior meu,
um [in]completo planetário em fusão, confusão
e minha cega maneira do prosseguir insiste.
Basta um ponto preto no branco,
um vulto e pronto.