Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

12 de abr. de 2009

Inexato...

Lido diariamente com você
e o seu conceito fica menos claro
à cada tempo escorrido em meu relógio.
Acho que o pote de ouro não existe nesse arco
movido pela íris de cada olhar meu ao seu alcance,
e com o fitar deles em sua moldura:eu não vejo.
Não vejo uma exatidão e reta em tudo que te cerca
ou quem sabe uma exatidão no meu andar contigo,
mas procuro, e sempre procuro.
Meu reluzente andar desenha as curvas no asfalto
onde meus pés descalços agarram o chão
e nada ofusca minha caminhada, minha arte.
Mas é você...
que consegue sobrepor minhas vontades, luas e sede
consegue minha mortalidade visível
e eu?ahh, eu me padeço...
esfalecer-me pois é a única, última e só sentença
e como forças existem?
bem natural e óbvio, não sei.
O que sei é do meu deleitar e que ele vem de ti.
Sei, ele vem de ti.
Como ao vento que chega a varanda,
Como o agarrar das nuvens em busca de amizade,
Como a lua que se solta e se movimenta,
sobe e desce e pinga um pouco na gente.
O meu cuidado perigoso dilacera,
meu passo é inexato
e o alvo é atingido à queima roupa
sem dó, sem sombra, sem mal.
A ferida
na realidade é uma gota,
é um furacão com pressa
é um vulcão.
Onde o meu verão são as nossas distrações!

3 comentários:

  1. Anônimo14/4/09

    ...se distraia, brinque, ande, procure, alcance, prossiga....e se vc se cansar....recomece!


    esse foi um dos seus melhores...se não o melhor!

    =]

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  2. "Meu reluzente andar desenha as curvas no asfalto
    onde meus pés descalços agarram o chão"

    Muito bom...

    =)

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  3. Raquel24/4/09

    nossa miga adorei, vc tem o dom hein

    perfecto

    bjim!

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Mais alguns minutos expostos...