Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

29 de jan. de 2011

Consoantes e vogais, juntas .




Elas conseguem o que ninguém consegue...
Eu, no entanto, tento cada dia mais me aproximar e recolhê-las como lírios espalhados pela coberta mista de grama verde e céu cinza lá fora.
Como são agradáveis, e duras.
Talvez não existe algo que tenha a coragem e a sutileza, a viagem que tens. Eu afirmo, por tudo que vi(vi) que até então é fato e concreto, e nem tanto.
Maravilho-me constantemente, inevitável. Elas estão em todas as partes, em tudo. E como contrange...
Engraçado como me sirvo delas e elas também, se servem.
Não, nada disso que pensas... É ajuda mesmo, cumplicidade, favor.
Amizade, melhor intento, desígnio, por certo.
E como é bom deitar e tê-las, em minhas folhas amargas e amarelas do dia-a-noite que vem com força, e como é agradável descobrir-las em cada passo desse meu caminho que só se define com sua mão, e como é singelo o teu abraçar de lã, o teu beijo gelido e acalento nessas tardes de água fina que cai...
E como é forte o seu pulso, seus exageros de frases, palavras ou vogal.
Ahhh, alegro-me simplesmente em te ver, em tua comparência viva e nítida ao me cercar.
Não saia, ao menos na porta pra olhar ao dia ou noite sem ao menos me convidar, ou até mesmo de se enconder nesse nosso porão que só nós conhecemos (ou não), ou ainda não constures os meus pensamentos límpidos, façam sempre assim: navegação, travessia, linhas curvas, liquidificador.
E não deixes, principalmente de me agasalhar com suas aventuras por mim.
Só assim e somente assim encontrar-me-ei em ti, em vocês, letras.