Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

30 de nov. de 2009

Relógios de Dalí


Tudo que se cria, é espuma, vai embora...
O poder é ,enfim, essa magnitude toda.
São então letras, músicas, poesias...
Ainda lembro o que eu estava escrevendo,
ontem...
O hoje já foi e dependendo de algum sentido
é passado perpetuado.
Escorre, um retrato.
Ah e como segurar a água que corre pela torneira?
Não tente, ou é perder tempo fora de hora.
Tempo esse que espera ou a espera insiste em se colocar acima disso
e nunca consegue.
Já caiu a noite, e como sobre-tom o negro fica branco.
Esperar chegar a hora certa? Nada de concretismo, por favor.
não temos tempo...
E como filmes que eu nunca vi, ainda tem um pôr-do-sol mais tarde, já era cedo,e já foi.
Se fecho os olhos muito se esconde, inclusive ele...
Pode ser que o vento apareça, entretanto.
E o invisível é uma obra de arte, se apresenta, fixa-nos, descreve.
E isso tudo se assemelha a uma bala, açúcar na boca.
Começo, delícia e fim.