Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

6 de out. de 2010

Mais, muito mais...



Somar...
Me estranha ainda o fato de não se saber de fato o que tal palavra significa.
Não questiono seus anos cansativos de matemática, aqueles minutos gastos, consumidos de uma manhã ou tarde quando se é criança, ou até mais do que isso.
Não, a alma quer lugar aqui.
Coloquei, por vezes, meus vividos pensamentos afora e tentando organizá-los com minhas próprias mãos, pegando outras mais tantas mãos, e no máximo que via era um quebra-cabeças, tanto para tão pouco, muito pouco para um querer mais.
Nada do que eu digo é concreto meu querido. Na verdade, nada que saia dessa mente que mais parecia um liquidificador era de real fundamento, essencial.
Minha água por vezes secou, nem no outro dia, mas no mesmo instante e isso não parecia notório, convincente o suficiente para a mudança, ou quem sabe, o querer apenas.
E tantos pensam assim, ou talvez nem pensam...
Minha cidade estava preparada, desde sempre. Mas nada de bondes ou quem sabe um trêm que me fizesse mudar o trilho, o moinho, a exatidão.
Vi tantos pés tomarem a frente de tudo... É bem comum isso, não?
O conformismo é bem comum também.
Quantas vezes me afoguei em uma piscina? E quantas vezes ela nem ao menos molhou minha boca?
Dai percebo que meu corpo é violão, é flauta, é instrumento...
E a subtração invisível pode dar lugar ao somar, no seu sentido literal e figurado, em todo seu sentido e em todos os outros também.
A cidade ficou mais perto, consigo assim matar a sede e principalmente, o somar se resume a servir.



"De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atraí. – Jeremias 31:3'