Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

10 de ago. de 2009

Meu lugar

A porca que falta ou mesmo não existe parafuso?
Desencaixe, desconecto, fora, dentro, aqui
a verdadeira movimentação do 'não' atravessando a rua,
em zigue-zague.
Concerto.
E acho que com certo vestigio há , ainda há...
mas também não deixa de haver o errado, o muito errado.
Aquilo, esse, isto que me envelhece e me leva à doer as costas, peso.
Sem mal, com truques, sem armas, com armadilhas.
O fardo de quem em risco, pula e se lança...
e acredita.
E da sacada de mim vejo mudanças, novas, costas, não, ou falta.
São tudo que ela pode exprimir quando se vê a fundo, indo até o quintal ou porão.
Nas gavetas da cômoda, estão os presentes, dados à quem de fato conquistou e merece.
O vento que bate na varanda, traça os desenhos em suas montanhas, íngrimes e sólidas demais.
Nada mais, tarde demais, cedo vejo a noite aqui.
Bastaria talvez uma dose, ou duas cavalares de um santo remédio
com misturas astutas de um poder voraz para promover a transe certa pra passagem para o antigo mundo. Mas, o querer inexiste e infelizmente a compreensão e mão também, que por vezes vi e acreditei existir...
Agora, é uma luva velha que insiste em permanecer longe, fora, em outra casa.
Gostava do apoio e laços, dos fortes abraços. Agora, ou os braços são curtos demais ou tudo era apenas passagem.
Vejo, através da janela lateral um céu robusto e colorido, me promove viva e me induz a seguir. Isso é o que de fato me guia...
E assim, busco aquele brilho ou cintilância que acreditava já ter tido.