Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

22 de set. de 2009

Saudade




As núvens como dançam...
brincam de se ajuntar assim como eu.
São dançantes e movem-se...
Se (me)existe algum tipo de sinônimo é esse:
movimento!
E eu gosto.
Ainda mais, muito mais das flores,
claro.
e quero o cinza também, só quando tende ao branco.
esperança.
Meus pés pouco firmes desenham no chão o que sinto
e com a ajuda da lua, que estende seu tapete, me guio.
Ruim são os dias (se é que eles existem) sem o sol...
saudade.
Por vontade imprópria sinto.
Vejo que não caibo nessa caixa e que meus pensamentos não são meus.
Tudo que de fato existe, persiste e manifesta.
Vontade.
Prolonga...
Ah se pelo menos o tempo fosse meu. O faria de acordo com a sua presença, ou ausência...
Ousaria.
Presencio alguém a mais aqui, invisível...
tinha que ser esse a minha companhia?
Pesar.
Moldo então, como última estância, sua imagem.
É só o que vejo, só o que quero ainda ver.
Coloco-te em retrato, em um criado
e assisto-nos, todos os dias.