Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

6 de mai. de 2011

Auto-indefesa .




Setas e mais setas.
Quero um dia ter essa rede e em repouso poder dizer, enfim, que passou.
Mas vem cá,
acreditas mesmo que me atinge ?
Incrível como pensas e iludes sua circuntâncias pesadas ao meu redor.
Canso não disso, mas da insistência.
Não vês, com toda certeza, minha armadura de esmeraldas e meus pés firmes e compactos.
Ahh, eu não me canso. Eu me reforço, me encaro e vejo meu espelho.
Não vais conseguir.
Eu estou preparada, sempre estive e hoje te enchergo pelo espaço que me cabe ver.
Não me detenho ao te expulsar daqui, do meu e só meu armário.
Nem vem, nem se desgaste tanto, é inútil.
Estou armada, estou a espera de uma brecha, estou perto.
Venha aqui, tente ao menos entrar.
Estou armada e protegida, nem tentes.
É disso que eu vivo, é nisso que me sustento, não queira.
Nem seques ou ilumines o meu rosto, estou suada e forte, pulsante.
Não venhas, não tens espaço em tanta parede.
Não percebes que meu coração é assim, fixo e cheio de barreiras ?
Sou insuficiente, sou incapaz, sou pouco.
Quem sabe um dia, deixe a porta entre-aberta.
Quem sabe ?
Eu não sei.
Eu quero e sempre quis estar aqui, mas você insite em me querer em tudo.

2 comentários:

  1. Anônimo26/6/11

    Vejo que a luta, a torna uma escritora ainda melhor, que venças suas batalhas e continues a escrever!

    Do amigo designer

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Mais alguns minutos expostos...