Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

6 de set. de 2011

Aprendendo a andar.




Um dia quente, outro pura neve.
Desde que me entendo (ou não) por gente ou, mais uma aspirante a compreensão de quase tudo, acreditava e admitia a constancia dos dias como chuva na janela, rua deserta, campo em verde perene.
Talvez até seja branco, "clean" e encantante. Para alguns, e me incluia.
O que acontece e istiga a minha dúvida é que quanto mais se anda e pensa que se sabe andar é quando você aprende os primeiros passos.
Estou talvez, com um ano de idade. Quem sabe até menos...
Tentei hoje, com toda inocência pegar a luz do sol e guardar no meu baú, quiz tentar apenas, não me julgue por favor.
Sei bem que posso fomentar ou alimentar a mim nesses dias quem eram quentes e são inverno. São tantos que não consigo nem mais contar (talvez tenha menos que um).
Única, congelo no meu quarto os meus pés na tentativa de alguma solidez, alguma segurança, mas não vi apoio ainda. Não consigo me segurar...
Estou absolutamente esvainecendo a cada pulo do ponteiro, esgotando e indo embora minhas linhas. Estou prestes a nascer, acredito.
Desaprender ?
Não consigo ao menos andar nas linhas que há detrás do teu dizer, nem ao menos contar as tuas malícias e carinhos soltos e que procuram-me como alvo.
Nunca fiz isso, nunca brinquei assim, juro.
Ah, se ao menos tivesse um desses rastreadores de sentidos e pensasse como você, seria simples.
E eu seria como a neve, lamento.
Sou pura chama, não consegues ver ?
Mais vermelho do que qualquer outro tom.
Sou aprendiz de quase um pouco de todo o céu e ainda tento nadar nesse mar enorme, até consigo. Mas gosto de me afogar, muito mais.
Sei que posso confundir, mas sou clara, e só quero uma coisa:
Andar em suas entrelinhas de ser eu e contar seus muitos sorrisos espalhados, como tapete, como o sol que se pôe, de uma imensidão em cada hora.

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