Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

17 de abr. de 2010

Notas harmônicas


São tantos as notas...
Por que mesmo que inventam músicas se elas estão tão vivas por ai, talvez só querem avivar algo que se esconde ou que não se vê.
Hoje eu acordei, e vi que o pássaro enxerga mais do que eu. Escutei que os homens são movidos por focos e não (mais) por paisagem. Previ que o futuro assusta mais que a infelicidade.
Desde quando o modo de se ver pode ser relacionado com tempo? Ou ainda, como algo pode ser tão simples e chamativo que chega a ficar atrás da árvore?
São tantas as notas..
Escondidas...
Uma vez me disseram que nas entre-linhas há muito mais do que duas ou mais frases óbvias e que desembaçar os óculos escuros faz a vista se aguçar. Comprovei...
Há tantos caminhos de idéias, tantos escombros a volta disso tudo, ou quem sabe, tanta falta de sentido[na verdade, falta de um deles] que o que era veludo vira atrito, vira asfalto com tanta veemencia.
Não consigo imaginar que a sensibilidade é facilmente trocada, na verdade não aceito acreditar que pode ser trocada por comum, por diário, por meio-dia.
Tudo é relativo, ahh... Nessas horas que Einsten deveria ter ficado calado.
Pelo menos nesse ponto. Como não assemelhar a vida a uma rosa, com perfume e espinhos presentes em um percurso de provas e êxtase. Como não apreciar e fantasiar, sensibilizar? Como não querer que isso seja filmado por nossos olhos embaçados pela combustão diária?
E poder ver que não se refere a relatividade e sim, a ângulo.
À apenas ângulo...
Quer ver? Se coloque em cima de uma cadeira e observe o já visto, verás que falo com toda razão.