Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

27 de mai. de 2009

Quem sabe...

Cortando os algodões lá fora, com penas em bouquets,
eu caio com o chumbo em mente.
São elas, as faces obscuras que vivem por si só,
involuntárias, inevitáveis.
Essas que me condenam sem direito, sem piedade.
Com suas chaves e cadeados; e a corrente é consistente, sólida
e transporta.
Move com pequenos atos, uma infinitude...
inclusive, eu.
e por que fazes de mim seu bonifrote, seu boneco?
quando que por dentro uma aleia posta por entre as flores quer e deseja reluzir.
Mostrar-me pois, entretanto, que seu vasto poderio se confronta
com minha vontade de subida.
Onde a corda é longa mas meus músculos ainda suportam, minha vestes...
ahhh, remendadas ajudam também e o pouco que restou desse carvão, ainda aquece.
Assim, passo-a-cada compasso,um passo pra trás, refrear eu consigo.
E um dia, quem sabe, eu arranco essas algemas.

7 de mai. de 2009

Meu parque de Confusões

E na gangorra minhas células e ânimo se 'descansam'
Entre balanços e paradas, obrigatórias ou por vontade, vou.
E em pensamentos vejo meus jeitos se confundirem
ou será que os meus lugares são confusos?
Onde hoje sou diferente, e amanhã não me reconheço mais.
Tudo em mim é uma roda gigante
Onde do alto se vê tudo lá embaixo,
e o baixo é tão próximo
Que até consigo tocá-lo
e muitas vezes, muda-lo não cabe a mim;
E a conformidade bate a porta.
O descanso quase nunca o consigo também
não aquele da rede que embala,
mas aquele que me embala à adormecer
assim, tento um mapa...
E o descanso também se confunde aqui.
Onde a linha que dista o desespero e o deleitar é ultrafina
E tudo o que me resta é a incerteza do cais movido pela certeza de que tudo é confuso e muda, muda sempre.
Gosto disso, ou me acostumei simplesmente...
É aquilo:ou você aceita soltar sua pipa a favor do vento ou pula do 10° andar sem asas, onde a vontade se confunde com expectativa, e o anseio nada mais é do que uma simples rede a me embalar.
Vou, te levo e me carrego junto, carrego todas essas partes, essas partes minhas, sujas, nuas e soltas e o medo também se confunde, uma infeliz conseqüência, onde ele consegue por fim e começar algo ao mesmo tempo.
Confuso mesmo é tudo que solta e rodeia, nada do que se vê pode ser de fato, uma vez que você olha, já mudou.

6 de mai. de 2009

Amanhã

Nada como a descoberta, tudo.
Vejo como a amizade flui entre eles,
a descoberta e o tempo.
Ambos conquistando seu espaço,
preeenchendo com vazio e complemento...
Onde ontem nem tem muitos desenhos,
mas a miragem sempre vem adiante.
Descubro uma moldagem fiel tua
onde há sombras, escuridão
mas a luz se desponta e sobrepõe
com o embebedar dos segundos que correm.
Me permito a enchergar não só a soma
mas também o zero, naturalmente
e o admiro!
Consta que as flores advêem
mas a chuva vem antes.
Assim é:prostar-me e consequentemente,
saciar-me.
Por momentos, ou instante(que é vida), mobilizo essa parte volúvel e a trago pro sol
verificando seus furos e ajeito, rejeito, mas ajeito.
E sarada a face,nova mobília, nova armadura, nova rua.