Em meio a alma empoeirada, eis o bolso exposto, a sentir.

14 de mar. de 2009

Eu me chamo 'Acaso...

No ecorregar dos pensamentos frígidos
e em minha calvagadura a lira é contemplada
regida por máximas e poucos
minhas vertentes...
O balancear nem sempre vence a batalha
talvez nada tem seu meio termo mesmo.
Ou quem sabe quando se trata dessa pugna
o volúvel então acho que é bem mais interessante.
À qualquer jogo feito, não se iluda
é dele o baralho, pôr-se as ordens do caudilho
tal lema persegue.
E nada mais é o que resta,
ou quem sabe o notar de algum colorido
e recordação...
Vale o lograr em alguns casos.
A vulnerabilidade é válida em partes,
em formas que ele sugere e força à sorrir,
na verdade é extinto de sobrevivência, de vivência.
E nós, meros fantoches alados
em busca do céu
presos pela gaiola invisível.



(Dedicado à Larissa Di Leo e Cláudio Martins)


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6 comentários:

  1. Se me permite brincar com o título, o acaso é quem nos chama, Tâmara...

    e nos chama a ti tbm...

    perfeito...

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  2. Claro...
    chama, convida pra essa dança e quem somos nós pra ir contra?
    Obrigada!
    xD

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  3. O pior é que se deixar levar as vezes é matar-se e matar a tudo que guardamos nas sete chaves, e se opor, é simplesmente perder, perder a batalha e a vida que pode nos esperar depois da próxima curva. Enfim... em linhas tortas eu vou, sem saber se quero ir ou não, mas qm sou eu pra me ausentar de viver e comtemplar o show do inesperado.




    Parabéns amiga,
    Obrigada pela dedicatória e por fazer parte da minha dança, as vezes até dançando por mim.

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  4. "vale o lograr em alguns casos
    a vulnerabilidade é válida em partes
    em formas que ele sugere e força à sorrir
    na verdade é extinto de sobrevivência, de vivência
    e nós, meros fantoches alados
    em busca do céu
    presos pela gaiola invisível" Amei! Parabeens amiga!

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  5. "Penetra surdamente no reino das palavras.
    Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
    Estão paralisados, mas não há desespero,
    há calma e frescura na superfície intata.
    Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
    Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
    Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
    Espera que cada um se realize e consume
    com seu poder de palavra
    e seu poder de silêncio.
    Não forces o poema a desprender-se do limbo.
    Não colhas no chão o poema que se perdeu.
    Não adules o poema. Aceita-o
    como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
    no espaço.

    Chega mais perto e contempla as palavras.
    Cada uma
    tem mil faces secretas sob a face neutra
    e te pergunta, sem interesse pela resposta,
    pobre ou terrível, que lhe deres:
    Trouxeste a chave?"
    (Carlos Drummond de Andrade)


    lindaa a dedicatória p Larissa!!

    Um bjuu p tú tbm Larissa!!!!!

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  6. "À qualquer jogo feito, não se iluda
    é dele o baralho, pôr-se as ordens do caudilho
    tal lema persegue."

    Ótimo... Cada vez melhor =)

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Mais alguns minutos expostos...