Eu nasci ali...
E era como ver florir no asfalto os lírios, uma nascente no meio de tanto mato e pó, e um diferencial, transformando meia noite em meia dia.
Foram curvas e os atalhos que facilitaram a dificuldade que tinha, os lagos cheios de lama aparentemente azuis foram à priori um manto que cobria e de certo trazia uma ligeira calmaria, mas era instantânea e melhor (agora o posso afirmar) perecível. A validade destes era como o embaçar da estrada adiante, vinha sempre e eu sabia, sempre sabia. O inusitado não cabia mais, era muito, era pouco.
E na sutileza, no grampear dos passos e na retina muitas vezes retida eis que se dilata e bem-vinda nobre claridade.
Como quem invade um jardim de tulipas e cravos, fui...
Entre dedos e cuidados, a passagem sugeria isso realmente, minha ida/vinda, minha chegada com cautela. E a vida nova começou ali, no fim daquele corredor, eis que surge...
O vento me acompanhava e o cheiro também, era feiticeiro e bandido ao mesmo tempo, o garoto.
Ele soprava acordes em voz, cantarolava minha respiração e contava-me os segredos de sua existência, seus encantos e feitiços de sua aparição desejada à anos-luz mas ‘adormecida’, e a fúria quando aparecera foi substanciosa e forte, não houve hesitação, pelo contrário, a vontade aumentava à cada batimento de seu coração escutado em sua sinfonia exposta à mim, sua única platéia. E eu, estática ali, escutando o maior alvitre à se declamar defronte de uma sonhadora as avessas, uma mortal com fantasias infantis e o leve prever de torná-los reais, agora.
Realidade foi esta, exatamente esta, o divisor de águas nessa passagem toda, e ai criaram-se o ciclo, a mão e a pena, leve, leve...
O branco era a cor que soprava melhor, juntamente com o azul celeste, vindos da janelinha que nos observava e anotava tal feito, um eclipse promovido pelo tal astro maior, de luz própria e fascinação duradoura, demorada, fatal.
Eis a fusão promovida pelo tempo e seus encarregados, a conjuntura mais harmoniosa vista, um topázio, uma raridade
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Parabéns cidade!
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ResponderExcluirVc consegui encontrar a lingua dos anjos!!
ResponderExcluirpreserve-a no o único dicionário onde palavras não são importantes....
no seu coraçãoo!!
"Eu nasci ali...
ResponderExcluirE era como ver florir no asfalto os lírios, uma nascente no meio de tanto mato e pó, e um diferencial, transformando meia noite em meia dia."
Acredito que tenha sido assim mesmo =) rs rs